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“Ainda está sendo apurado se há uma organização criminosa ou não. A princípio, cada digital influencer divulgava da sua própria forma, sem qualquer vínculo entre si, mas com vínculo às plataformas. Eles usavam contas demo (demonstração), são contas viciadas para sempre ganhar e convencer as outras pessoas a jogar”, disse o delegado Bruno Vitor, da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro.
Segundo a corporação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte, São Paulo, Pernambuco e Maranhão.
Ao todo, seis influenciadores são investigados, bem como dois donos de plataformas e três empresas são investigados.
Cerca de R$ 40 milhões foram bloqueados nas contas de investigados.
Além do bloqueio de valores, as duas operações resultaram na apreensão de cerca de R$ 30 mil em espécie, 12 veículos de luxo, uma motocicleta, relógios de alto valor, joias, ouro, aparelhos celulares, computadores, documentos, moedas estrangeiras, materiais de propaganda de jogos de azar e criptoativos avaliados em aproximadamente R$ 68 mil.
“Roletas, jogo do Tigrinho, cassinos, rifas online, tudo isso continua sendo ilegal e continua sendo contravenção penal. Então, quem apoia, quem divulga, quem ganha dinheiro com isso, quem mantém esse tipo de jogo de azar, continua sujeito à prisão, busca a apreensão e bloqueio de bens. Então, que hoje esse trabalho da delegacia fique de alerta para as pessoas. Isso é contravenção. O que vocês ganham a partir disso, pode ser lavagem de dinheiro e um dia a conta vai chegar”, afirmou o promotor Augusto Lima, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do RN.
Segundo a polícia, o nome da operação “Shadow Influence” (influência sombria) faz alusão ao papel nocivo desempenhado por influenciadores digitais na promoção de esquemas de lavagem de dinheiro, frequentemente disfarçados por práticas de ostentação e aparente legalidade.
Já “Cassino Royale” remete à temática central da operação, que envolve o uso de plataformas de cassinos como fachada para movimentações financeiras ilícitas em larga escala.
Por G1 RN