“Maio Laranja” é tema de gincana na Escola M. Prof. Zuza

Foto: Manoel Barbosa

Com o objetivo de conscientizar a população sobre o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, a campanha “Maio Laranja” segue promovendo ações educativas na Rede Municipal de Ensino. Na sexta-feira (30), foi a vez da Escola Municipal Professor Zuza, localizada no bairro Nossa Senhora de Nazaré, zona oeste de Natal, realizar uma gincana com a participação de 380 estudantes. A atividade orientou os alunos sobre como identificar situações de risco e buscar ajuda. A ação foi coordenada pelo Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS) da Secretaria Municipal de Educação.

Segundo a diretora administrativa, Wilussandra Leiros, a escola está inserida em uma comunidade com registro de relatos de violência, o que reforça a importância do trabalho preventivo. “Há relatos de crianças que sofrem abusos e chegam ao conhecimento da coordenação. Por isso, atividades como essa são essenciais, pois trazem esclarecimento, conscientização e divulgam informações necessárias para que, diante de um caso, sejam tomadas as providências cabíveis. Trata-se de prevenção também, porque a educação previne. E o trabalho não termina com a gincana: os professores continuarão abordando o tema em sala de aula, por meio de rodas de conversa e discussões. Quando observarem alguma criança ou adolescente com comportamentos que indiquem uma possível situação de risco, encaminharão para a coordenação, para que as medidas adequadas sejam tomadas”, destacou Leiros.

Durante a gincana, os estudantes aprenderam a reconhecer pessoas, locais e atitudes protetoras no cotidiano, além de estratégias para defender seus direitos e denunciar situações de violência. O aluno Davi Bismarck Bezerra de Oliveira compartilhou o que aprendeu com a atividade. “O abuso e a exploração sexual são coisas muito sérias, e a gente precisa aprender sobre isso. Hoje eu vi que é mais comum do que eu imaginava, e não é normal achar que isso pode acontecer. É triste que existam tantos casos. Eu também não sabia do Disque 100 e do Centro de Referência para Crianças e Adolescentes em Situação de Violência (Abraçar). Acho que todo mundo deveria conhecer esse tipo de suporte”, afirmou o estudante.

A assessora pedagógica do NAPS, Mariana de Sá Meira Oliveira, destacou que o Núcleo realiza estudos e discussões para garantir que a linguagem utilizada nas palestras seja acessível, respeitosa e adequada à faixa etária dos estudantes. “Fazemos um trabalho articulado com as escolas, ouvindo as equipes pedagógicas e respeitando o contexto de cada comunidade escolar. Outro cuidado fundamental é garantir espaços seguros de escuta e acolhimento após as palestras, especialmente quando surgem manifestações emocionais dos estudantes. Estamos preparados para encaminhar casos suspeitos à rede de proteção, sempre com ética, sigilo e responsabilidade”, explicou a assessora.

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